domingo, 6 de março de 2016


CHOQUE ELETRICO 


Shirley Costa
Fernanda Kennia
Maiane Leal
Raquel de Jesus
Mariele Carine
Elielson Azevedo







Introdução

Quem nunca tomou uma pequena descarga quando colocou o USB no computador, ou apertou as “canetinhas de choque” daqueles amiguinhos nada engraçados? Isso se chama choque elétrico. O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como condutor[i]. Durante esse processo pode não haver quase, ou nenhuma consequência, mas dependendo da intensidade da descarga elétrica pode levar até a morte.
Mas como ocorre o choque elétrico?
Temos a sensação de formigamento quando acabamos de tomar um choque elétrico, isso ocorre porque ao percorrer o corpo humano, a carga elétrica interfere no sistema nervoso, dando a sensação de espasmo, um pequeno formigamento. O choque ocorre devido a uma diferença de potencial entre dois pontos diferentes do corpo, quanto maior for a diferença de potencial, maior será a corrente elétrica, assim produzirá um choque maior. Os danos causados no corpo humano dependerão da corrente elétrica, e não da tensão formada pelo choque. Normalmente, um desses pontos sãos os pés, por estarem em contato com o chão, e o outro é o que entra em contato com algum aparelho elétrico.
Quando ocorre o choque elétrico, muita das vezes a pele sofre danos, O primeiro deles é chamado “queimaduras de entrada” onde é percebido no local onde a energia entrou no corpo, uma queimadura semelhante com a queimadura de calor. A partir daí a energia vai percorrendo o corpo até encontrar o local de saída, onde provoca outra queimadura. Apesar das queimaduras poderem ser muito graves. O grande problema de um choque elétrico é o caminho percorrido pela energia no corpo, podendo atingir órgãos, produzindo uma parada cardíaca respiratória, principalmente se a área atingida percorrer o caminho do peito.

Tipos de choque
Os três tipos de choque são: choque estático, o choque dinâmico e as descargas atmosféricas ou raios.

·         Choque estático: é o choque obtido pela descarga de um capacitor, ou seja, gerado a partir do efeito capacitivo, que acumula e retém energia elétrica encontrado facilmente em equipamentos com os quais lidamos dia-a-dia, (isso mesmo aquela canetinha de choque do seu amigo engraçadinho). É produzido por eletricidade estática e possui um tempo de duração curta suficiente para descarga e carga elétrica do elemento energizado, por possuir um tempo curto não causa danos severos ao corpo.

·         Choque dinâmico: é o choque mais comum/tradicional, adquirido por tocar em um elemento energizado da rede de energia elétrica. Sua duração permanece enquanto o contato e a fonte de energia estivar ligado. Suas consequências podem ser apenas pequenos formigamentos, até danos irreversíveis.

·         Descargas atmosféricas (raios): são descargas entre as nuvens, ou entre as nuvens e a terra, que podem produzir choques elétricos como que produzidos por enormes capacitores, portando altíssima corrente. Podendo atingir diretamente ou indiretamente uma pessoa, vindo a causar queimaduras ou até a morte.

Intensidade do choque elétrico

A intensidade dos choques depende da corrente elétrica que atravessa o corpo humano durante o choque e do caminho percorrido pelo corpo. Quanto maior for a corrente elétrica, maior será o risco de danos físico. De acordo com a lei de ohm: “ o aumento da corrente é diretamente proporcional ao da tensão e inversamente proporcional ao da resistência elétrica, constante entre 1300 e 3000 ohms para a tensão de 127 V, se aumentarmos a tensão, consequentemente a corrente aumentará”.[ii] 50V em uma corrente alternativa e 120V em uma corrente continua, são inofensivas, estas são chamadas de baixas tensões. Tensões maiores de 50V e menores que 1000V em correntes alternada e entre 120V e 1500V em correntes continuas são chamadas de alta tensão. Assim quem sofre um choque elétrico em alta tensão têm uma probabilidade de morrer ou ficar com graves sequelas do que uma pessoa que sofreu um choque de baixa tensão.
A duração do choque elétrico também vareia o tempo que a pessoa permanece em contato com a corrente elétrica, claro que quanto mais tempo ficar ligado a corrente elétrica maior é a chance de risco. Normalmente o próprio corpo ao receber a carga rentem esse toque, não causando um dano grave, mas existe casos onde possa ficar presa no circuito elétrico sem chance de escapar.

Armas de choque

Ao assistirmos a um filme policial, ou até de comedia podemos facilmente ver esses tipos de armas. As armas de choque normalmente são usadas para inibir a ação do indivíduo a curta distância. As armas desse modelo possuem alta tensão e baixa corrente, por conta desse fator não causam ferimentos graves, são usadas apenas para imobilização, já que os choques de alto risco dependem da intensidade da corrente e não da tensão, mas, por um período determinado de tempo pode causar dano ao corpo humano.

Armas de choque convencionais tem em seu modelo parecido a um controle remoto, e funcionam com baterias de 9 volts. As baterias fornecem eletricidade a um circuito com múltiplos transformadores, reduzindo as correntes e aumentando a tensão do circuito, geralmente entre 20 mil e 160 mil volts, isso inclui um oscilador, um componente que flutua a corrente para produzir uma sequência de pulso de eletricidade, essa corrente carrega um capacitor, que cria uma carga e libera eletrodos.
Os eletrodos são as duas placas que condutoras metálicas junto ao circuito com um espaço entre elas, como estão posicionadas ao longo do circuito e possuem alta diferença entre elas, preenchendo o espaço com o corpo do indivíduo os pulsos elétricos se movem de um eletrodo para o outro descarregando eletricidade em seu sistema nervoso.

Outra arma de choque convencional, porém mais atual é a arma Taser. Esse tipo de arma tem diversas controversas pelo seu uso irregular, principalmente nos Estados Unidos, onde vários há vários casos, onde policiais excederam-se em seu uso ocasionando em mortes. Seu funcionamento é semelhante aos das armas de choque comuns, exceto que os dois eletrodos de carga não estão permanentemente unidos à estrutura. Estão posicionados nas extremidades dos fios condutores ligados ao circuito elétrico da arma. Pressionar o gatilho a expansão do gás cria pressão atrás dos eletrodos, lançando-os através do ar, arrastando os fios conectados.
Os eletrodos têm ganchos pequenos que se prendem a roupa do indivíduo. Ao prender-se a um eletrodo, a corrente percorre dos fios para a pessoa, deixando com a sensação de sonolência.
A Teser poder atingir os agressores a uma distância de 4 a 6 metros. Porém possui disparo único, só pode ser disparada novamente caso enrola-la e reposicionar os fios dos eletrodos, assim como carregar um novo cartucho de gás, a cada disparo. A maioria dos modelos de Taser também possui eletrodos comuns de arma de choque, no caso de erro.
Algumas armas de choque não letais são legais a civil no Brasil, mas quem a porta deve estar ciente do risco que possuem em utilizadas.

Poraquê

As enguias ou peixe elétrico são conhecidas por distribuir choques elétricos para se orientarem ou para inibir seu predador. Esses peixes não são pequenos alies robóticos que vivem na água, eles possuem células musculares especiais (eletrocitos) formados por mioeletroplacas. Cada célula modificada gera uma descarga elétrica de 0,14 volt, que se concentram na parte traseira do animal (calda). Um peixe adulto dessa espécie pode chegar a possuir mais de 2000 a 10000 mioeletroplacas. No momento de captura ou quando cerca sua presa a enguia descarrega seus três órgãos responsáveis por descarregarem o choque ajam (o órgão de sach, o de Hunter e o coração).
Elas não sofrem dano ao descarregar essa energia por estarem adaptadas a conviver com a corrente que produzem.

Porque os pássaros não tomam choque quando estão nos fios de energia?

É muito simples, devido a curta distância das patinhas dos pássaros não tem uma diferença de potencial suficiente para causar um choque, é necessário que a corrente elétrica passe por seu corpo para causar diferença de potencial. Mas quem pensa que se roubarem os fios usando o método “passarinho” vai levar um belo choque, podendo levar a morte, e caso não morra no mínimo será preso, já que roubar fios elétricos é crime.

Riscos de um choque elétrico

É muito difícil se imaginar sem luz elétrica nos dias atuais. Como seria nossas vidas sem energia elétrica? Hoje toda cidade e cercada por circuitos elétricos, diferentes aparelhos que ajudam no nosso cotidiano, tanto conforto e facilidade tem seus riscos, principalmente quando se trata de energia elétrica.
Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que: 43% dos acidentes com energia elétrica ocorrem dentro das residências. A falta de conhecimento nesse assunto também influência negativamente na maioria dos casos. Os efeitos dessas correntes no corpo humano dependerão da intensidade da corrente. Consequência dos efeitos estimados pela eletricidade:
·         1mA a 10mA: um desconforto, sensação de formigamento;
·         16mA a 20mA: máxima tolerável podendo causar parada respiratória;
·         100mA a 200mA: Ataque cardíaco/ fibrilação;
·         1A: valor mortal.
mA= (milésima parte de um ampere)
A = ampere

Mas qual a diferença de tomar choque calçado, para um choque descalço? Ou, por que o quando recebemos uma descarga elétrica molhados temos uma chance maior de nós machucar?

Quando estamos calçados e secos, nós limitamos a corrente, já com o corpo molhado e descalços temos contato direto com o solo limitando a nossa resistência causando um dano maior ao corpo.
Outro tipo de choque severo são os choques atmosféricos ou raios, mesmo não sendo atingido diretamente a descarga se espalha no chão até neutralizar-se, caso a pessoa esteja próximo ao local sentirá o efeito, levando na pior das hipóteses a morte.

Cadeira Elétrica

Muitos filmes do cinema já bordaram temas como a cadeira elétrica. Quem não se emocionou no filme “A espera de um milagre” de 1999? Esse filme conta a história de um detento condenado a morte na cadeira elétrica injustamente.
A pratica de uso da cadeira elétrica, foi utilizada em alguns estados nos EUA. Criadas para ser um método moderno e eficaz para substituir métodos de execução pouco civilizadas. (Como se matar alguém em uma cadeira elétrica fosse muito “humano”). Utilizadas para aplicações de pena de morte, o condenado era imobilizado em uma cadeira de 2000 voltz.

Como funciona?

 Uma esponja embebida em solução de água com sal é colocada entre o primeiro eletrodo e a cabeça do condenado. A solução salina conduz bem a eletricidade, facilitando a passagem de corrente para o cérebro. Sem a esponja, a cabeça pode até pegar fogo!
O capacete de metal abriga um eletrodo, também de metal. É por esse eletrodo que a corrente vinda do gerador entra pelo corpo. O capacete é revestido internamente de lã, para evitar que o metal entre em contato com a pele, queimando-a e grudando na cabeça.
Os geradores operam em ciclos de choques com tempos e voltagens diferentes. Em geral, o condenado recebe uma descarga de 2 300 volts por oito segundos, outra de 1 000 volts por 22 segundos e, por fim, uma de 2 300 volts por mais oito segundos.
Firmemente presa ao chão, a cadeira, em si, é um objeto simples, mas com um detalhe importante: é feita de madeira, para não conduzir eletricidade de forma difusa. O chão em torno do assento é revestido de borracha, também para não conduzir corrente. Outro fio do gerador liga-se a um segundo eletrodo - como o da cabeça -, que é preso em uma das pernas. Assim, fecha-se o circuito entre os dois eletrodos, com o corpo funcionando como condutor entre eles.- MUNDO ESTRANHO.

Todos esses fatores levam a falência dos órgãos da pessoa eletrocutada. Casos de excuções fracassadas em 1997 e 1999, levaram a mídia a contestar essa pratica, em 2003, esse método foi substituído por uma injeção letal.

Precauções

Há vários tipos de proteção e de providências que podem ser usados para se evitar o choque elétrico:
- Fusíveis e disjuntores
- Aterramentos
- Materiais isolantes e
- Uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual)
Outras precauções:
- Faça revisões periódicas das instalações elétricas da casa;
- A utilização de instalações elétricas clandestinas (conhecidas como gatos) aumentam as chances de curto-circuito;
- Quando uma tomada estiver esquentando ou quando algum eletrodoméstico estiver soltando faíscas desligue imediatamente e procure um profissional especializado em instalações elétricas;
- Nunca sobrecarregue uma tomada ligando vários aparelhos nela;
- Previna acidentes com crianças: tape tomadas e deixe os fios fora do alcance delas;
- Leia sempre as instruções antes de instalar qualquer eletrodoméstico;
- Desligue os aparelhos sempre puxando pelo plugue, nunca pelo fio;
- Antes de qualquer concerto nas instalações elétricas internas, desligue a chave geral (disjuntor). Para facilitar identifique com etiquetas o quadro de luz;
- Para troca de temperatura é importante o chuveiro estar desligado e o corpo não estar molhado. Além disso, é bom usar chinelos de borracha para trocar a temperatura do chuveiro, mas como alertou o químico Luiz Fernando Pereira, “o chinelo não é tão eficaz na prevenção de choques elétricos muito intensos, é apenas um cuidado a mais”;
- A água pura não conduz eletricidade, mas se conter cloro, sal ou alguma outra substância, já vira condutora elétrica, durante uma tempestade é recomendado sair imediatamente do mar ou da piscina para evitar um choque por raio.

Como agir

- Antes de ajudar a vítima, corte a corrente elétrica;
- Ligue imediatamente para uma ambulância (normalmente 192);
- Se o choque for leve, espere alguns segundos e inicie os primeiros socorros básicos;
- Em caso de parada cardiorrespiratória, inicie imediatamente a reanimação
Cardiopulmonar até a chegada do atendimento
- Examine a vítima, procurando primeiro hemorragias, depois fraturas e somente depois queimaduras;
- O choque pode causar queimaduras e paralisia dos músculos, levando à morte quando pulmão e coração param. Cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência;
- Não sendo possível desligar a energia, afaste a pessoa da instalação com um material isolante (que não permite que a eletricidade passe através dele) e seco, como um cabo de vassoura, um jornal dobrado, cano plástico ou corda. Suba em algum material isolante, como tapete de borracha ou pilha de jornais secos;
- Chame o pronto-socorro ou leve a vítima para o hospital, com o cuidado de não agravar eventuais lesões;
- Caso seja necessário e se você souber, aplique as técnicas de reanimação como respiração boca-a-boca e massagem cardíaca;
- Nunca tenha contato direto com a vítima após o ocorrido, e não a toque com objetos metálicos.


Conclusão

Com certeza a energia traz muito a nós oferecer, de maneira positiva e também de maneira negativa. A facilidade com lidamos dia-a-dia com esses itens fazem esquecermos a quão perigosa ela é, sempre que for manipular qualquer parte elétrica em casa, no trabalho, ou em qualquer outro lugar, devemos tomar cuidado e prestar bastante atenção, pode ser um simples susto a algo fatal.



Choque Elétrico - YouTube





REFERENCIAS:





[i] Choque elétrico – Wikipédia, a enciclopédia livre

[ii] Lei de Ohm – Wikipédia, a enciclopédia livre
Como funciona a cadeira elétrica? - Mundo Estranho











REFERENCIAS:

IMAGENS: 
  
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SITES:
Alta tensão – Wikipédia, a enciclopédia livre
Arco elétrico – Wikipédia, a enciclopédia livre
Udesc Joinville - Mundo Físico
Acidente/Choques
Choque elétrico - Primeiros Socorros - iG
Como fazer os primeiros socorros da vítima de choque elétrico - Artigos de Enfermagem - Portal Educação
Choque elétrico – Wikipédia, a enciclopédia livre
Choque elétrico - Trabalho apresentado à disciplina "eletrostática".
Acidente/Choques
Choque elétrico - Trabalho apresentado à disciplina "eletrostática".
 Acidente/Choques
Jadson Caetano: Tudo sobre choque elétrico e Cuidados nos Primeiros Socorros - Jadson Caetano
 Poraquê – Wikipédia, a enciclopédia livre
Arma de choque padrão | ComotudoFunciona





*Trabalho solicitado pelo professor Samuel da diciplina de física, 10 unidade.
alunos: shirley costa, Maiane Leal, Raquel de Jesus, Fernanda Kennia, Mariele Carine e Elielson Azevedo.

[i] Choque elétrico – Wikipédia, a enciclopédia livre

[ii] Lei de Ohm – Wikipédia, a enciclopédia livre

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